Psicólogo, PhD e professor da Columbia University, o professor estuda como resiliência e paixão se relacionam com o potencial e a inteligência humana, e está revolucionando a forma como avaliamos isso

Atingir todo o potencial da mente humana sempre foi um grande mistério. O psicólogo, pesquisador e professor da Columbia University, Scott Barry Kaufman, foca seus estudos nesse segmento e tem uma série de teorias incríveis sobre um novo tipo de inteligência que estão mudando a forma de encararmos esse desenvolvimento.

Segundo Kaufman, a inteligência se encontra na capacidade de alcançar seus objetivos pessoais usando paixão, perseverança e garra de maneira inventiva. Com essa orientação, o pesquisador explora a profundidade do potencial humano e como trazê-lo à sua força total.

Com uma abordagem humanista do assunto, o professor explica que é possível ajudar a todos a ter uma vida mais criativa, plena e com significado, reconsiderando o que temos como “inteligência”. Nas palavras de Kaufman, “inteligência é a interação dinâmica entre engajamento e habilidade de buscar objetivos pessoais” – ou seja, sua capacidade de correr atrás de suas metas, sua resiliência, ela é a chave para abrir essa nova inteligência.

Nesta visão, leva-se em consideração a paixão das pessoas e seus interesses pessoais, bem como o nível de suas habilidades. Faz sentido, afinal, pois quanto mais alguém se envolve e se dedica, maior é essa habilidade. Quando se tem algo pelo que se é apaixonado, o nível de comprometimento é altíssimo , e é aí que é possível ver o real potencial de uma pessoa.

Mas, afinal, qual a aplicabilidade de se debater uma nova inteligência?

Entender a inteligência como um conceito mais completo torna possível abarcar mais crianças e jovens, apoiando o desenvolvimento deles e sua vontade de atingir seu máximo potencial. Inteligência não deve ser uma categoria binária, de acordo com o professor Scott Kaufman.

Nos moldes atuais, na maioria das vezes, mede-se a capacidade de alguém por meio de testes padronizados que, por sua vez, tendem a não considerar elementos fundamentais da inteligência na abordagem humanista e holística do professor da Columbia University. Falta olhar para criatividade e para o compromisso que o indivíduo tem com aquilo, que é componente essencial para o desenvolvimento da habilidade.

O desenvolvimento de estratégias, a resiliência e até mesmo os insights são deixados de lado na maioria das padronizações da inteligência, quando a pessoa deveria ser vista como um todo.

O envolvimento contínuo com o objeto de estudo e a habilidade que se pretende desenvolver são facilmente conquistados quando se escolhe algo pelo que se tem paixão. E, mesmo assim, é importante trabalhar a aceitação – suas diferenças são o que fazem você único, não menos merecedor.

A criatividade e a autenticidade na hora de atingir um fim também devem ser estimulados, já que aprofundam a habilidade de resolver problemas, tão necessária hoje, e mantêm a pessoa em busca de soluções, sem desistir, aprimorando também os traços de resiliência.

Esses estudos são tão inovadores e podem, de tal forma, mudar nossa maneira de encarar e desenvolver inteligência, que, segundo a “Business Insider”, Scott Kaufman é um dos 50 pesquisadores/cientistas mais importantes hoje.

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