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Os desafios dos novos estilistas

Os desafios dos novos estilistas

Por Tissiane Vicentin, G.A.T.E. Team

“Por mais de 150 anos a Saint Martins tem estado à frente de inovações em artes, moda, design e performance”. Foi assim que a reitora dos cursos de Moda e Desenho Industrial na Central Saint Martins, Anne Smith, iniciou a sua palestra “Provocações do Design: Moda, Joalheria, Materiais e Desenho Industrial” na última edição do G.A.T.E., que aconteceu entre o final do mês de fevereiro e o começo de março deste ano.

Criada em 1989 após a junção da Central School of Art and Design e a Saint Martins School of Art, a Central Saint Martins é a mais importante escola de moda e design da Inglaterra e está entre as mais renomadas mundialmente. As inovações da universidade se refletem na produção de seus ex-alunos – muitos deles reconhecidos internacionalmente, como Stella McCartney, Alexander McQueen, John Galliano, Christopher Kane e Mary Katrantzou.

Mas o que seriam, afinal, as provocações do design que deram o nome à palestra de Smith? Basicamente são as propostas criativas e inovadoras que os alunos e futuros designers da instituição estão apresentando ao mercado, diante de um desempenho fraco da economia na Europa e em vários outros pontos do globo e das matérias-primas cada vez mais limitadas. Diante disso tudo, os alunos sentem cada vez mais responsabilidade pelo futuro e se preocupam, enquanto designers e cidadãos, com o impacto que podem causar sobre ele. “Simplesmente adicionar coisas no mundo, que é o default do design, pode não ser mais o único ou mesmo o mais viável método de trabalho”, avalia a reitora e estilista.

Para criar formatos de atuação e ampliar a visão dos jovens criadores, é necessário abrir-se para as mais diversas possibilidades que a moda e o design oferecem. Um dos pontos fortes que a Saint Martins possui nesse quesito, e que foi ressaltado por Anne durante sua palestra, é a mistura internacional que a escola oferece. Alunos de 95 países distintos estão matriculados nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado na instituição. “Isso dá aos estudantes um mix internacional e uma diversidade de abordagens, o que é muito significativo, porque cada um leva uma identidade cultural peculiar aos seus trabalhos e no modo como respondem a um mesmo briefing,”, comenta a reitora.

Desta forma, segundo Anne, os alunos saem da universidade preparados para atuar em qualquer lugar do mundo, porque “eles já terão desenvolvido suas habilidades em comunicação com esse mix internacional”. E para ser um bom estilista, saber se comunicar, trabalhar bem em equipe e fazer networking são algumas características fundamentais. Isso sem falar pelo gosto por desafios novos, a paixão por cores e tecidos, a coragem e a originalidade.

Para quem tem interesse em estudar na Central Saint Martins, uma boa maneira de começar é realizando o Foundation Course. Durante um ano, o aluno tem a possibilidade de experimentar diferentes caminhos com as disciplinas apresentadas, além de ter a oportunidade de ampliar o portfólio para quando realizar, de fato, a inscrição para cursar o bacharelado. Dessa forma, o aluno é direcionado ao caminho que melhor se encaixa com a área de estudo que realmente deseja atuar.

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