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Como sobreviver à transição do ensino médio à universidade

Por Tissiane Vicentin, G.A.T.E. Team

A transição da escola para a universidade não é um período fácil. Fora todas as dúvidas que surgem com relação a qual carreira seguir, qual faculdade escolher, qual caminho tomar, há ainda aquele friozinho na barriga de ter que fazer novas amizades, de se sentir gente grande, de aprender coisas novas e viver em um ambiente totalmente fora da zona de conforto – especialmente se a instituição escolhida for em outro país, com idioma e cultura próprios.

Se você se identificou com alguma dessas situações – ou com todas elas – você não está sozinho. E é exatamente sobre esse medo do desconhecido que James Robilotta falou em sua apresentação durante o G.A.T.E. 2015, que aconteceu no fim do mês de fevereiro e começo de março, em São Paulo.

Robilotta começou sua jornada em 2002, em palestras para os seus colegas da North Carolina University Especializado em guiar (e acalmar!) os jovens durante essa temida transição, ele fala com propriedade sobre o assunto, afinal também enfrentou essa situação durante a sua ida à universidade. Ele, que sempre foi um garoto desinibido e falante, se viu sem amigos, em um mundo completamente novo.

As duas regras mais importantes que Robilotta tirou dessa fase da vida – e a que ele deixa para os alunos que enfrentarão seus próprios monstros – é: faça amigos e se envolva.

A primeira regra, a de fazer amigos, pode parecer simples para algumas pessoas, mas para outras é algo bem difícil. Para isso, diz Robilotta, é preciso coragem. “Se exponha. Você deve encontrar a coragem de assumir o risco de dizer ‘‘olá’’ para alguém novo, porque é difícil. Somos todos pessoas muito inseguras. Mas temos de correr o risco de nos expôr, porque você está sentado em sua primeira aula na faculdade e a pessoa ao seu lado também não tem nenhum amigo, também não conhece ninguém, e também está com medo. Então algum de vocês tem que dar o primeiro passo. Por que esse não ser você?”, disse Robilotta durante a palestra, continuando a explicar a segunda regra para se dar bem na faculdade: se envolver.

O segredo para isso, de acordo com o especialista, é viver no campus – não apenas ir para a universidade e estudar, como se fosse um zumbi. “Você não pode simplesmente ir lá e estudar. Há muitas coisas para se envolver quando se está na universidade”, disse. “Quando você vive no campus, você ouve falar mais sobre o que está acontecendo lá, quais eventos estão acontecendo, quando vai ser o próximo jogo de futebol, e toda a diversão. Você aprende sobre isso quando vive no campus, porque você está mais perto da informação. Por isso, viva no campus.”

O segundo passo para se envolver é procurar por um Escritório Internacional de Alunos, para garantir que você se sentirá acolhido desde o primeiro momento e consiga se enturmar sem dificuldades. “Não importa para onde você for: EUA, Reino Unido, Austrália, toda escola terá um desses. Esse escritório literalmente está lá para você, para se certificar de que você está se adaptando bem, de que está aprendendo, de que está se sentindo confortável em seu novo espaço, em seu novo ambiente. Então, eles farão programas para você também”, contou Robilotta.

Outra dica para se envolver é conhecer o líder estudantil dos campi. Isso porque, de acordo com o palestrante, esses indivíduos são responsáveis por organizar eventos diferentes, dos quais você pode participar, o que também é ótimo para fazer amigos. “Esses eventos podem ser brincar de esconde-esconde no meio da noite, ou praticar pintura em cerâmica, ou jogar frisbee, ou ir à praia. Eles vão criar todos esses eventos diferentes para você chegar lá, de modo que você vai conhecer mais pessoas e fazer coisas e não só ficar sentado na frente do computador e chorando, como eu estava”, disse.

É comum também a todas as universidades, não importando o país, terem clubes. Clube de xadrez, de frisbree, de biologia, de animações japonesas. Robilotta encoraja todos os interessados – e não interessados – a fazer parte de um clube, para sentir que pertencem a algum lugar.

Por fim, o especialista afirma que você também deve descobrir como deixar um legado em sua instituição. “Uma organização na qual eu estava envolvido tinha um lema pelo qual nós vivíamos: você deixa um lugar melhor do que você o encontrou. Então, como você vai deixar a universidade melhor do que você a encontrou?”, disse. “A universidade não é apenas um lugar onde você vai estudar. É um lugar onde você começa a questionar coisas. No ensino médio você aprende quem você é. Na faculdade, você descobre por que você é quem você é. E isso é uma coisa linda. Você começa a fazer perguntas, a desafiar as coisas que você achava que sabia antes. E é um grande momento. Aproveite esse tempo.”

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